sábado, 24 de novembro de 2012
CONCEITOS: MÓDULO 4: UNIDADE 3: TRIUNFO DOS ESTADOS E DINÂMICAS ECONÓMICAS NOS SÉCULOS XVII E XVIII
MERCANTILISMO:-Teoria económica enunciada nos
séculos XVI,XVII e XVIII, que defende uma forte intervenção do Estado na
economia. O objetivo dessa intervenção era o aumento da riqueza nacional,
identificada com a quantidade de metais preciosos acumulados pelo país. São
características do mercantilismo as medidas de tipo protecionista e monopolista.
O termo mercantilismo designa, igualmente, as políticas económicas que, de
acordo com esta teoria, foram implementadas em grande parte dos países europeus
no século XVII e na primeira metade do século XVIII.
BALANÇA
COMERCIAL:- Termo que designa a relação entre o montante das
importações e das exportações. Caso o volume das exportações ultrapasse o das
importações, a balança comercial é positiva, o que se identifica com a
prosperidade do país.
PROTECCIONISMO:-Política económica que impede a
livre circulação de mercadorias. O protecionismo traduz-se, geralmente, por um
aumento dos direitos alfandegários sobre as importações. O objetivo desta medida
é permitir o desenvolvimento das produções internas que, desta forma, se tornam
mais competitivas.
MANUFACTURA:-Num
sentido lato, o termo designa as diferentes atividades industriais que não
empregam maquinaria e que, por isso, são características das épocas
pré-industriais. Em sentido restrito, aplica-se às grandes unidades
transformadoras típicas dos séculos XVII e XVIII que, para além da concentração
de trabalhadores, recorriam já à divisão do trabalho e ao uso de tecnologia
própria (mas não de maquinaria).
COMPANHIA
MONOPOLISTA:-Associação económica geralmente de cariz comercial, à
qual o Estado conferia direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de
comércio. No século XVII organizaram-se numerosas companhias monopolistas, na
sua maior parte destinadas ao comércio colonial. As mais poderosas foram as
Companhias das Índias Orientais, as quais os estados (Holanda, Inglaterra,
França) conferiam poderes de justiça, administração e defesa no Oriente. Estas
companhias representavam os respectivos países, negociando tratados e
conquistando territórios, pelo que, para além dos direitos de comércio, detinham
um grande poderio territorial e militar.
CAPITALISMO
COMERCIAL:-Sistema económico caracterizado pela procura do maior
lucro, pelo espírito de concorrência e pelo papel determinante do capital como
motor do desenvolvimento económico. Característico da Idade Moderna (séculos XV
a XVIII), o capitalismo comercial tem no grande comércio (e não na indústria) o
seu setor mais lucrativo. Os capitais aí acumulados fizeram desenvolver as
primeiras formas de capitalismo financeiro, materializado nas atividades
bancário e bolsista.
EXCLUSIVO
COMERCIAL:- Forma de exploração económica que reserva para a
metrópole os recursos e o mercado das colónias. Trata-se de uma medida
protecionista cujo objetivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos
exóticos a baixos preços, bem como escoar as produções manufacturadas do país
dominador.
MERCADO
NACIONAL:-Diz-se da capacidade aquisitiva da procura interna que, no
caso da Inglaterra, no século XVIII, foi favorecida por:-revolução demográfica;-
abolição dos entraves à circulação de produtos;- incrementos dos transportes;-
crescimento urbano.
COMÉRCIO
TRIANGULAR:- Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes
europeu, africano e americano. Este comércio, que prosperou sobretudo nos
séculos XVII e XVIII, era suportado pelas necessidades de mão-de-obra das
colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para as suas
plantações e explorações mineiras.
TRÁFICO
NEGREIRO:- Intenso comércio de escravos negros que canalizou para a
América grande número de africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas
costas da Guiné, de Angola e de Moçambique. Os escravos eram transportados em
grandes navios negreiros, nas mais desumanas condições, pelo que uma parte
significativa sucumbia durante a viagem.
BOLSA DE
VALORES:- Instituição financeira em que se transacionam bens
mobiliários, como fundos do Estado, ações e obrigações.
REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL:- Em sentido estrito, é um conjunto de transformações
técnicas e económicas que se iniciaram na Inglaterra na segunda metade do século
XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do Norte no
decorrer do século XIX.
Considera-se, geralmente, que foi a invenção da máquina
a vapor e sua subsequente aplicação aos transportes e à indústria que provocaram
a rápida mudança nos modos de produção (da manufactura passou-se à
maquinofactura).
Em sentido lato, a revolução industrial significa o
conjunto de modificações estruturais profundas que se estabeleceram na economia,
na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental, no período atrás
referido.
BANDEIRANTE:-
Indivíduo participante numa bandeira, termo pelo qual, a partir do século XVIII,
ficaram conhecidas as expedições armadas que percorriam o interior do Brasil em
busca de ouro ev escravos. As bandeiras prolongaram-se do século XVI ao século
XVIII., tendo como centro São Paulo, pelo que os bandeirantes são também
conhecidos como “paulistas “ ou “gentes de São Paulo”.
A ação dos bandeirantes foi também da maior importância
para o conhecimento do território e para a fixação das fronteiras do Brasil.
Conceitos Módulo 4 Unidade 2
Antigo
Regime: designação atribuída ao regime político-social que caracterizou a
Europa entre os séculos XV-XVI e os finais do século XVIII, isto é, do período
da Expansão ultramarina dos estados europeus e do Renascimento até ás
Revoluções Liberais. A designação Ancien Régime teve origem na França. Alguns
países, como a Inglaterra e a Holanda não conheceram este regime.
Sociedade de
ordens: organização social em que existem grupos ou estratos sociais
claramente diferenciados sob o ponto de vista jurídico, condição de nascimento,
prestígio das funções que exercem, trajos e outros.
Ordem/estado: grupo social dotado de estatuto
jurídico próprio, atribuído de acordo com a dignidade e prestígio reconhecidos à
condição de nascimento dos seus membros ou à função que desempenham na
sociedade.
Estratificação
social: divisão das sociedades em grupos hierarquizados, segundo
determinados critérios: étnicos, económicos, ideológicos ou outros.
Mobilidade
social: fenómeno social que se traduz na circulação ou movimento de
indivíduos, de ideias ou de valores sociais, de uma camada considerada inferior
para uma superior e vice-versa.
Privilégio:
direito ou vantagem conferido a certa pessoa, grupo, classe ou ordem, que os
demais não têm.
Nobreza de
sangue: nobres de linhagem, isto é, que herdavam a sua condição social
dos seus antepassados, pelo nascimento. A nobreza de sangue foi uma nobreza de
casta (= fechada sobre si própria), que procurou, através de casamentos entre os
seus iguais, o apuramento do sangue, fator da superioridade do seu estado.
Nobreza de
toga: categoria nobiliárquica constituída pelos elementos do Terceiro
Estado que haviam sido nobilitados por concessão dos monarcas: por mérito
pessoal, por favores ou serviços prestados, ou por inerência dos cargos
desempenhados ( no Antigo Regime, certos cargos do funcionalismo público -
diplomáticos, judiciais e administrativos - podiam nobilitar).
Degredo:
pena imposta por certos crimes que consistia em enviar o condenado, temporária
ou definitivamente para um desterro ou exílio longínquo.
Monarquia
absoluta: regime político em que o rei detinha uma autonomia total e
absoluta sobre os seus súbditos, concentrado na sua pessoa todos os poderes do
Estado. Este regime vigorou na quase totalidade dos Estados europeus desde o
século XVI até finais do século XVIII.
Consuetudinária: de acordo com a tradição e o
costume.
Sociedade de
corte: conjunto de todos os indivíduos (funcionários, conselheiros,
diplomatas, aios, criados...) que viviam na corte ou a frequentavam regularmente
(cortesãos).
Vínculos:
conjunto de bens que se encontravam unidos de modo indissolúvel a uma
família.
Comendas:
atribuição do usufruto de bens de ordens religiosas e militares. No início do
século XVII havia cerca de 600 comendas em Portugal.
Morgadios:
uma das espécies de vínculos que se transmitiam apenas ao primogénito varão. A
outra espécie de vínculos eram as capelas, que era um conjunto de bens em
princípio afetos a uma obra pia para assegurar o culto.
Época
moderna: tradicionalmente, circunscrito ao período entre 1453 (Tomada de
Constantinopla pelos Turcos Otomanos) e 1789 (início da Revolução Francesa). Na
História Nova, que desvaloriza as datas e valoriza o tempo longo, a Época ou
Idade Moderna situa-se entre os séculos XV-XVI (Descobrimentos/ Expansão) e os
finais si século XVIII (primeiras revoluções liberais). A Idade Moderna, na
Europa, carateriza-se pelo absolutismo, pela dominação colonial e pelo
desenvolvimento do comércio.
Aparelho
burocrático do Estado: conjunto de órgãos políticos e administrativos
encarregados da gestão de um território ou nação, a nível central, regional e
local.
Mare liberium: expressão latina que significa "mar
livre". Foi utilizada para designar a teoria defensora da liberdade de
circulação marítima de todos os Estados. Opunha-se à teoria do mare clausum
("mar fechado") que, na sequência do Tratado de Tordesilhas, conferia a
exclusividade da navegação a Portugal e a Espanha.
Companhias
monopolistas: sociedades comerciais, organizadas ou não por ações, que
recebiam do Estado privilégios e regalias a título de exclusividade.
Parlamento:
na Grã-Bretanha dá-se o nome de Parlamento ao conjunto das duas assembleias
legislativas: a Baixa (Câmara dos Comuns) e a Alta (Câmara dos Lordes). Noutros
países, o termo Parlamento designa a assembleia legislativa única ou câmara
baixa (Câmara dos Deputados, Assembleia, etc.).
Commonwealth: em sentido histórico restrito à
época em estudo, e à letra, significa a República Inglesa (1649-60) sob a
ditadura de Cromwell. Atualmente, significa o conjunto das ex-colónias inglesas
que aderiram a uma espécie de comunidade, mesmo depois de se terem tornado
independentes.
Conceitos Módulo 4 Unidade 1
Demografia:
ciência que estuda e descreve a(s) população(ões) quanto ao número, estado
físico, intelectual e moral, movimentos gerais, composição, comportamentos
específicos e sua evolução, num determinado período ou lugar. Em sentido lato,
pode definir-se como "a história natural e social da espécie humana" (A.
Guillard).
Taxa de
Natalidade: número de nascimentos ocorridos no espaço de um ano, em cada
mil habitantes de uma dada população.
Taxa de
Mortalidade: número de mortes verificadas anualmente em cada mil
habitantes de uma determinada região ou país.
Esperança de
vida: duração média da vida humana (em anos), numa dada sociedade e num
dado período de tempo.
Crise
demográfica: momento da evolução demográfica de uma população que se
caracteriza por um aumento rápido e anormal da mortalidade, seguido de uma
redução coletiva dos casamentos e das conceções, não havendo reposição
demográfica. Em épocas passadas eram originadas, geralmente, por crises de
subsistência (fomes), associadas ou não a pestes e guerras.
Guerra dos 30
Anos: guerra de origens e motivações político-religiosas, que envolveu
vários países da Europa no século XVII (1618-1648).
Pirâmide das
Idades: representação gráfica da repartição da população segundo a idade
e o sexo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)