quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Conceitos do Módulo 7 unidade 2
Crash (craque) bolsista: termo
empregue nas operações financeiras de bolsas de ações para caracterizar a
quebra dos valores dos papéis e títulos postos à venda. O maior crash
conhecido foi o ocorrido em outubro de 1929, nos Estados Unidos.
Deflação: situação económica,
geralmente de crise, caracterizada por uma diminuição dos preços, do
investimento e da procura, acompanhada de uma progressão do desemprego.
Frequentemente, são os estados que originam essa situação no intuito de
combater a inflação dos meios de pagamento, a especulação e a alta de
preços. Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-moeda, restringem o
crédito e reduzem os gastos do Estado.
Totalitarismo: sistema político, no
qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido único, cabendo
ao Estado o controlo da vida social e individual.
Fascismo: sistema político
instaurado por Mussolini na Itália, a partir de 1922. Profundamente
ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades
individuais e coletivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto de
chefe, o nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo.
Por extensão, o termo fascismo designa também todos os regimes
totalitários de direita e até mesmo simples regimes autoritários.
Nazismo: sistema político
instaurado por Hitler na Alemanha a partir de 1933. Para além de
perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo
racismo violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e
espiritual do povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao Estado
nazi - erigido em Estado racial - incumbiria não só a preservação da
raça superior, libertando-a do contacto com os elementos impuros - daí
as perseguições aos judeus -, mas também a sua expansão - donde a teoria
do "espaço vital" e o imperialismo alemão.
Corporativismo: forma de
organização socioeconómica que aceita a propriedade privada, mas
estabelece como necessária a intervenção do Estado no sentido de tomar
aquela socialmente útil. Para tal, defende a constituição de corpos
profissionais (corporações) de trabalhadores, patrões e serviços, que
conciliam os seus interesses de modo a promoverem a ordem, a paz e a
prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.
Propaganda: conjunto de meios
destinados a influenciar a opinião pública. Nos estados totalitários, a
propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os seus valores
culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a
imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas,
canções, uniformes, emblemas, manifestações.
Antissemitismo: termo que, do ponto
de vista linguístico, significa hostilidade aos judeus. Do ponto de
vista histórico, as perseguições antissemitas relacionam-se com o
triunfo da religião cristã (os judeus não reconheceram Cristo e pediram a
Pilatos a sua morte) e atingiram as comunidades judaicas espalhadas
pela Europa. Na altura da Peste Negra e de outras epidemias, os judeus
eram vistos como as origens do mal, sendo acusados de envenenarem
fontes. Na Península Ibérica, os judeus convertidos ("cristãos-novos")
foram as grandes vítimas da Inquisição nos séculos XVI a XVIII. No
século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns países europeus, o
carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma raça inferior e
destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em pleno
século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.
Genocídio: política praticada por
um governo visando a eliminação em massa de grupos étnicos, religiosos,
económicos ou políticos. Embora a História tenha registado uma grande
quantidade de genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a
extremos indiscutíveis a prática do genocídio. O genocídio judaico
durante a Segunda Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou, em
hebreu, de Shoah (catástrofe).
Intervencionismo: papel ativo
desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades económicas a fim de
corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da aplicação
escrita do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços,
em leis sobre os salários, na legislação do trabalho e social. O
intervencionismo esteve também na origem da participação do Estado como
empresário e produtor de serviços públicos. Entre estes, contam-se a
produção e a distribuição de energia, os caminhos de ferro, os correios,
os telefones.
New Deal: literalmente, significa
nova distribuição e é a ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as
reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo
presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, a partir de 1933, para
ultrapassar a Grande Depressão. O New Deal assentou numa forte
intervenção na Banca e nos créditos, que foram incentivados, na
atribuição de prémios de produção, no reajustamento entre o nível
salarial e o dos preços, na desvalorização do dólar e numa política
intensiva do comércio externo.
Cultura de massas: conjunto de
manifestações culturais partilhado pela maioria da população. A cultura
de massas é difundida pelos mass media e típica das sociedades
industriais do século XX.
Media: palavra inglesa que designa
os meios de comunicação de grande impacto. Os mass media (meios de
comunicação de massas) dirigem-se a um público vasto, heterogéneo e
disperso.
Estandardização de comportamentos:
uniformização das condutas individuais segundo um padrão socialmente
aceite. Em termos sociológicos, este fenómeno é visto como um corolário
da massificação social e cultural que caracteriza o século XX.
Funcionalismo: conjunto de soluções
arquitetónicas inovadoras que marca o início de uma arquitetura
verdadeiramente moderna. O funcionalismo une estreitamente a forma e a
função numa economia de custos e racionalidade de linhas, pondo em
evidência a estrutura volumétrica dos edifícios.
Realismo socialista: «Arte oficial»
da União Soviética, estabelecida no período estalinista. Definida por
Andrei Jdanov, em 1934, como a «descrição da realidade na sua dinâmica
revolucionária», o realismo socialista dirige-se às massas, tendo como
objetivo suscitar a sua adesão ao regime. Os temas remetem geralmente
para o mundo proletário e a vida feliz dos trabalhadores na sociedade
socialista.
Salazar e Franco
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Conceitos do módulo 7 unidade 1
Marxismo-leninismo: desenvolvimento teórico e aplicação prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por enfatizar o papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política; a identificação do Estado com o Partido Comunista, considerado a vanguarda do proletariado; o recurso à força e à violência na concretização da ditadura do proletariado.
Sovietes: conselhos de camponeses,
operários, soldados e marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes,
apenas com operários, remontam à Revolução de 1905 e foram instalados
nas fábricas, como focos de ligação e dinamização dos grevistas.
Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em fevereiro de 1917. A
Revolução bolchevista de outubro buscou nos sovietes a legitimação
popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.
Ditadura do proletariado: segundo a
teoria marxista, é a etapa por que deve passar a revolução socialista
antes da edificação do comunismo. A ditadura do proletariado surge para
desmantelar a estrutura do regime burguês, possibilitando a supressão do
Estado e a eliminação da desigualdade social.
Centralismo democrático: princípio
básico que norteia a organização do Partido e do Estado comunista,
segundo o qual todos os corpos dirigentes são eleitos de baixo para
cima, enquanto as suas decisões são de cumprimento obrigatório para as
bases.
Anomia social: ausência de um
conjunto de normas consistente e genericamente aceite pelo grupo social.
A anomia pressupõe a fragilidade e a relativização dos valores que
ditam a conduta dos indivíduos. É uma característica das sociedades
atuais em que as mudanças rápidas impedem a consolidação de um código
social rígido.
Feminismo: movimento de contestação
e luta empreendido pelas mulheres com vista ao fim da sua situação de
dependência e inferioridade relativamente ao sexo masculino. As
reivindicações do movimento feminista centram-se, pois, na igualdade
(jurídica, social, económica, intelectual e política) entre os dois
sexos.
Relativismo: abordagem
científico-filosófica que admite a impossibilidade do conhecimento
absoluto e acredita que o conhecimento depende das condições do tempo,
do meio e do sujeito que conhece.
Psicanálise: ciência psicológica
criada por Sigmund Freud que abarca um corpo doutrinal teórico (sobre o
psiquismo), um método de pesquisa e um processo terapêutico. A
psicanálise abriu à Psicologia um novo campo de fenómenos (o
inconsciente), através do qual procura explicar comportamentos até aí
tidos como inexplicáveis.
Modernismo: movimento cultural das
primeiras décadas do século XX que revolucionou as artes plásticas, a
arquitetura, a literatura e a música, estendendo-se também às restantes
manifestações culturais. O modernismo reivindica a liberdade de criação
estética repudiando todos os constrangimentos, em especial os preceitos
académicos.
Vanguarda cultural: O termo vanguarda significa, no seu sentido literal, a "primeira linha de um exército, em ordem de batalha", a "guarda avançada que abre a marcha", "o corpo militar que vai à frente". Na arte, passou a referir-se aos artistas que se colocam culturalmente à frente do seu tempo, abrindo o caminho a novas ideias, a novas mentalidades, a novas culturas. A arte de vanguarda procura romper com toda a concepção artística e cultural até então vigente. Apresenta-se como uma revolução cultural que busca novas estruturas, estéticas e pensamentos.
Freud - pai da psicanálise
domingo, 12 de maio de 2013
Conceitos Módulo 6 Unidade 5
Cientismo: atitude segundo a qual a ciência dá a conhecer as coisas como são, resolve todos os reis problemas da Humanidade e é suficiente para satisfazer todas as necessidade legítimas da inteligência humana.
Positivismo: conjunto de doutrinas de Auguste
Comte caracterizado sobretudo pelo impulso que deu ao desenvolvimento de uma
orientação cientificista do pensamento filosófico, atribuindo à constituição e
ao processo da ciência importância capital para o progresso de qualquer ramo do
conhecimento e da sociedade.
Realismo: conceção literária e estética segundo a
qual o escritor e o artista devem representar o real tal como ele é, sem o
idealizar.
Impressionismo: movimento artístico dos finais do
século XIX, sobretudo pictórico, nascido em Paris. Segundo os impressionistas, o
principal elemento da sua arte é a luz e, através das suas diferentes
intensidades, a cor. A cor não é empregue pelo que vale ou exprime por si mesma,
mas pelo que evoca e traduz.
Simbolismo: escola literária e pictórica da 2ª
metade do século XIX, originária de França, caracterizada por uma visão
subjetiva, simbólica e espiritual do Mundo e que adotou novas formas de
expressão, traduzindo as impressões por meio de uma linguagem onde dominava a
preocupação estética.
Arte Nova: estilo artístico nascido na década
final do século XIX, na França. Expandiu-se pela Europa e América. Opôs-se aos
revivalismos da época, procurando o uso de novas formas expressivas na
arquitetura, na pintura e nas artes decorativas, recorrendo a ornamentações
assimétricas, inspiradas na Natureza e na arte japonesa.
Impressionismo--Claud Monet
Conceitos Módulo 6 Unidade 4
Regeneração: período da História portuguesa que se iniciou em meados do século XIX e se prolongou até à década de 1870, marcado especialmente pela ação de Fontes Pereira de Melo, em que se verifica um desenvolvimento económico do país, iniciando-se a revolução dos transportes e a industrialização, Politicamente, correspondeu a uma certa pacificação e à consolidação da democracia liberal.
Fontismo: política de melhoramentos posta em prática pelo Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, criado em 1852, pelo Governo da Regeneração e primeiramente chefiado por António Maria Fontes Pereira de Melo, de onde retirou o seu nome. Indissociável do livre-cambismo e do capitalismo burguês, cujos interesses defendeu, a política "fontista" incidiu na criação de infraestruturas materiais para o desenvolvimento económico do País.´
Conceitos Módulo 6 Unidade 1
Capitalismo
industrial: segunda fase do sistema económico capitalista (a primeira foi
o capitalismo comercial, século XVI-XVIII - viagens de descobertas e de
exploração). Surgiu na Inglaterra do século XVIII e foi instalado de forma
hegemónica no século XIX, modificando o sistema de trabalho e de produção: da
manufatura passou à maquinofatura que, através do recurso às máquinas a vapor,
possibilitava maior rapidez e um aumento na produção. Foi marcado por
transformações económicas, políticas, sociais e culturais: se por um lado, fez
aumentar as margens de lucro para os donos das fábricas, possibilitou a descida
de preços das mercadorias; por outro, conduziu ao desemprego, à diminuição dos
salários, à degradação das condições de trabalho, à exploração de mão de obra
feminina e infantil, à poluição (dos espaços, dos rios, atmosférica, sonora...),
à ocorrência de acidentes com máquinas, entre outros. Rapidamente este sistema
estendeu-se a outros países da Europa e aos EUA. Muitos países europeus
introduziram este sistema económico na Ásia e na África, mas foram explorados
pelos europeus num contexto de neocolonialismo, fornecendo matérias-primas e
riquezas e consumindo produtos industrializados fabricados na Europa, sendo que
o Japão começou a sobressair como potência emergente. Este sistema económico
conheceu períodos de crises cíclicas, particularmente a partir do terceiro
quartel do século XIX.
Progressos cumulativos: inovações científicas e técnicas que se potencializaram mutuamente, desenrolando-se numa dinâmica própria em que cada novo progresso servia de incentivo para se chegar ao seguinte.
Empresa: instituição económica, pública ou privada, ligada à produção industrial, à comercialização ou aos serviços.
Moeda fiduciária: denominam-se deste modo os meios de pagamento monetário ( como as notas bancárias, ou as moedas atuais) cujo valor de circulação - o valor facial ou nominal ( o que está escrito neles) - não corresponde ao valor real dos materiais em que são feitos, representando apenas um valor convencional que corresponde a igual valor em metais preciosos depositados nos cofres dos bancos emissores. Tais moedas presumem a confiança (fides) do público na existência de tais reservas no banco emissor.
Sociedade anónima: forma de constituição de uma empresa, cujo capital se encontra fracionado em títulos de igual valor (ações) que pertencem a vários titulares, geralmente não identificados. Os titulares das ações têm direito a uma percentagem dos lucros da empresa, proporcional ao valor das ações possuídas, mas também respondem, apenas na mesma proporção, pelos gastos e dívidas da mesma. Os títulos ou ações podem ser revendidos nas Bolsas, aumentando assim a capital disponível da empresa e permitindo lucros especulativos.
C
apitalismo financeiro: terceira fase do sistema económico que começou a emergir a partir do terceiro quartel do século XIX, isto é, no período de expansão imperialista (1875-1914), e que viria a consolidar-se após a 1ª Guerra Mundial. Caracteriza-se pelo desenvolvimento da Banca e de grandes grupos empresariais.
Taylorismo: doutrina de racionalização do trabalho industrial que visa a maximização do rendimento técnico do binómio trabalhador-equipamento, pela mecanização e automatização dos atos dos operários, pela eliminação dos tempos mortos e gestos inúteis e pela redução do esforço físico e psicológico dos trabalhadores. Foi enunciada pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor com base na divisão metódica das tarefas laborais, na adequação dos diferentes tipos de tarefas entre si e nas aptidões dos diversos trabalhadores.
Estandardização: uniformização dos modelos produzidos em série; redução da produção a um só modelo.
Capitalismo rural: sistema económico utilizado por um conjunto de empresários e de instituições financeiras, cujo capital resultou dos lucros obtidos em atividades produtivas rurais (agricultura, viticultura, criação de gado, pecuária...), as quais visavam a grande produção e a sua total mercantilização, de modo a obter o máximo de lucros, reinvestíveis na agricultura ou noutras atividades económicas.
Zollverein: acordo de unificação aduaneira que uniu os Estados da Confederação Alemã desde 1834 até à proclamação do I Reich, em 1871 (Chanceler Bismarck).
Crise cíclica: perturbações da vida económica que ocorrem em intervalos de tempo regulares.
Capitalismo industrial
quinta-feira, 7 de março de 2013
Conceitos e imagem do modulo 5 - unidade 5
Liberalismo
económico: conjunto de princípios regulou a gestão da vida económica nos
regimes liberais. Inspirado na ideia iluminista da ordem natural e respeitando
como corolário máximo a liberdade individual, o liberalismo faz repousar o
bem-estar económico da sociedade nos princípios da livre iniciativa privada,
exercida em livre concorrência, prescrevendo toda e qualquer intervenção do
Estado em matéria económica.
Romantismo:
movimento cultural (literário, artístico e filosófico) que se difundiu na Europa
e na América entre finais do século XVIII e meados do século XIX. Contrapõe-se
ao neoclassicismo e exalta o individualismo, a subjetividade, a imaginação e os
sentimentos.
Epoca
Contemporânea: último período da evolução histórica, aquele em que se
estabeleceram os padrões culturais e civilizacionais do mundo atual. A
historiografia inicia-o com as transformações provocadas pelos efeitos conjuntos
do liberalismo e da revolução industrial; convencionalmente, escolheu-se para
sua data inicial a da Revolução Francesa, 1789.
Pintura do romantismo |
Conceitos e imagem do modulo 5 - unidade 4
Jacobinismo: nome atribuído ao ideário político
dos membros do Clube Jacobino que, durante a Revolução Francesa, se
caracterizaram por uma atitude revolucionária, radical e antirreligiosa. Nesta
época, em Portugal, o termo designava, pejorativamente, todos os simpatizantes
do liberalismo.
Vintismo:
nome atribuído à ideologia liberal e à fação política defendida pelos
revolucionários de 1820. Foi apelidada de radical pelas outras fações liberais
existentes, por restringir os direitos do Rei e suprimir os privilégios da
nobreza e clero tradicionais (e ainda embora em menor grau, pela abertura que
concedeu à liberdade de opinião e pensamento e à reforma do ensino).
Cartismo:
designação que se atribui ao liberalismo moderado, em Portugal, o qual, na sua
generalidade, segue os princípios ideológicos patentes na Carta Constitucional
de 1826. O termo generalizou-se após a Revolução Setembrista de 1836, opondo-se
ao "setembrismo" que defendia o regresso ao ideário democrático e progressista
da Constituição de 1822.
Setembrismo: fação mais democrática e popular do
liberalismo português, inspirada no vintismo (isto é, adepta da Constituição de
1822). Surgiu com a Revolução de Setembro de 1836, golpe de Estado parlamentar
que se apôs a um certo conservadorismo do regime cartista instalado em 1834.
Teve como líderes os irmãos José e Manuel Passos (vulgo, Passos Manuel), Soares
Caldeira, Leonel Tavares e José Estêvão. Afastado do poder em 1842, com a
ascensão do cabralismo, o setembrismo perdurou como ideário político até ao
advento do republicanismo.
Cabralismo:
nome atribuído à política desenvolvida por Costa Cabral nos seus dois governos:
de 1842 a 1846 e de 1849 a 1851. apoiado pela nova aristocracia liberal dos
barões e viscondes (a alta burguesia fundiária, comercial e financeira), o seu
projeto político visava o progresso do país pelo desenvolvimento das obras
públicas e modernização da administração.
Conceitos e imagem do modulo 5- unidade 2
Fisiocratismo: doutrina económica de cariz
iluminista que considera a terra como única fonte de riqueza e a agricultura
como a atividade fundamental; defende o direito individual à propriedade e à
livre iniciativa; propõe a abolição de todos os entraves à livre circulação dos
produtos e condena a interferência do Estado na vida económica. Esta doutrina
desenvolveu-se no século XVIII e foi teorizada por filósofos e economistas como
Adam Smith (1723-1790), François Quesnay (1694-1774) e Gournay
(1712-1759).
Terceiro
Estado: expressão utilizada nos finais do século XVIII para designar a
população não privilegiada. Encabeçado pela burguesia, que o representava nas
Cortes (Estados Gerais), o Terceiro Estado incluía todos os estratos e
profissões populares, possuindo, por isso, o significado de " povo comum".
Assembleia dos
Notáveis: órgão consultivo do poder central, composto pelos mais altos
dignatários das ordens privilegiadas.
Estados
Gerais: órgão político de carácter consultivo e deliberativo, constituído
pelos representantes das três ordens sociais. Teve a sua origem nas Cortes
medievais e foi o mais alto órgão político até ao século XVII. Com a ascensão do
absolutismo, perdeu a sua força, não reunindo, em França, desde 1614.
Jacquerie: nome atribuído, em França, aos levantamentos e tumultos populares.
Monarquia
Constitucional: forma de monarquia em que o rei detém apenas uma parcela
do poder soberano (em regra, o poder executivo), estando os restantes poderes
divididos por uma Assembleia ou Parlamento e pelos Tribunais. Assenta nos
princípios de soberania da Nação e na separação dos poderes, e reconhece a
superioridade da lei, patente numa Constituição.
Soberania nacional
(da Nação): conceito-base da democracia que faz repousar o poder maior de
um Estado na vontade da maioria da sua população.
Sufrágio
censitário: tipo de votação que apenas admite como votantes (eleitores)
os cidadãos que paguem o censo, imposto devido pela posse de uma terra ou de um
contrato de usufrutuário.
Terror:
etapa da Revolução Francesa que coincidiu com o governo da Convenção Montanhesa,
isto é, de junho de 1793 a julho 1794. Foi o período mais sangrento da
Revolução, marcado pela repressão social, por violentas perseguições políticas,
prisões e execuções em massa.
Estado
laico: Estado onde o poder político se reconhece como não religioso e
mantém uma altitude de isenção e neutralidade face à(s) religião(ões).
Conceitos: Módulo 4-unidade 4
Iluminismo: Movimento cultural e filosófico que se desenvolveu
na Europa, no século XVIII (Século das Luzes), e que se caracterizou pela
afirmação do valor da Razão e do conhecimento para atingir o progresso; pela
crítica da ordem política, social e religiosa existente e pela defesa dos ideais
de liberdade, igualdade, tolerância e justiça.
Direito Natural: privilégio ou prerrogativa que resulta e deriva da natureza física e biológica dos seres, isto é, aquele que advém das condições naturais, iguais à nascença para todos os seres humanos.
Contrato social: nas teorias políticas que admitem
a soberania popular, é o acordo, tácito ou explícito, celebrado entre o
indivíduo e a sociedade, o que legitima a transferência de poder desta para o
governante. Nesta aceção, é pelo contrato social que se institui o Estado e os
órgãos do Governo.
Separação dos poderes: teoria que vê o poder
político dividido em três poderes específicos - o legislativo, o executivo e o
judicial - , que devem funcionar separadamente, entregues a órgãos políticos
diferentes e independentes.
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