PALOP: sigla que designa os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Juntamente com Portugal, Brasil e Timor-Leste, fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Clarinha
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Conceitos Módulo 9 Unidade 2
Interculturalidade: processo de relações recíprocas que se estabelecem entre duas culturas distintas, que procuram conhecer-se, compreender-se e partilhar pontos de vista e experiências. Fruto das crescentes migrações, a interculturalidade aprofunda os laços entre a cultura do país de acolhimento e as novas culturas que nele se fixam. Ultrapassa, neste aspeto, a multiculturalidade, a qual, embora reconhecendo a diversidade cultural, não incrementa com ela contactos significativos.
Ambientalismo: conjunto de teorias e práticas que visam a preservação do meio ambiente.
Neoliberalismo: adaptação do liberalismo económico do século XIX pelo capitalismo dos anos 80 do século XX. Criticando a intervenção do Estado na vida económica e social, o neoliberalismo defende o respeito pelo livre jogo da oferta e da procura. O economista norte-americano Milton Friedman (1912-2006) foi um dos impulsionadores do neoliberalismo, ao defender a redução das emissões monetárias e das despesas do Estado.
Globalização: vocábulo, de origem anglo-saxónica, que designa a organização à escala mundial da produção e da comercialização de bens e serviços, como se o Mundo constituísse um enorme mercado comum. Para além da dimensão económica, a globalização faz-se acompanhar da troca de conhecimentos e de informação à escala mundial. Por isso se fala, também, numa globalização mundial.
Biotecnologia: aplicação tecnológica que utiliza sistemas biológicos, organismos vivos ou seus derivados para criar ou modificar produtos.
Pós-modernismo: conjunto de tendências em vigor na arte ocidental desde os anos 80, que se caracteriza pela abertura a diferentes repertórios estilísticos, sejam figurativos ou vanguardistas. O termo pós-modernismo teve a sua primeira aplicação, ainda nos anos 70, na arquitetura, sendo forjado pelo crítico norte-americano Charles Jenks.
Conceitos Módulo 9 Unidade 1
Perestroika: reestruturação profunda do funcionamento do modelo soviético empreendida por M. Gorbatchev, a partir de 1985. Tendo um carácter marcadamente económico, a perestroika assumiu também uma vertente política (a glasnost) que procurou reconciliar o socialismo e a democracia. Embora não pretendesse pôr em causa o regime, o fracasso económico da perestroika e a torrente de contestação interna que a acompanhou acabaram por conduzir ao colapso do bloco soviético e da própria URSS, no início dos anos 90.
Cidadania europeia: criada pelo Tratado da União Europeia, a cidadania da União é cumulativa com a cidadania nacional e exprime-se pelo direito de voto nas eleições europeias e autárquicas na zona de residência do cidadão, independentemente desta se situar no seu país de origem. Estabelece ainda o direito de apresentar propostas (coletivas) à Comissão Europeia, endereçar petições ao Parlamento Europeu, apresentar queixas e beneficiar de proteção diplomática, nos países terceiros, por parte das embaixadas ou consulados de qualquer dos estados-membros, caso não existam delegações do país de origem.
Tribalismo: apego forte a um grupo (étnico, cultural, familiar,...) que leva à rejeição dos outros grupos considerados estrangeiros e, muitas vezes, inimigos. O sentimento de pertença a um grupo particular e o acatamento das ordens dadas pelos seus líderes impede a formação da identidade nacional quando, num Estado, coexistem várias "tribos".
Fundamentalismo islâmico: o fundamentalismo representa um reação extremista à ocidentalização sofrida pelas sociedades muçulmanas durante o domínio estrangeiro. Os fundamentalistas consideram-se os únicos depositários da verdadeira fé, que pretendem preservar, na íntegra, de acordo com os ditames do Corão, por cujas regras se orienta o poder civil e religioso, fundidos num só. A vaga de fundamentalismo que assola o mundo árabe teve o seu epicentro no Irão, onde os fundamentalistas tomaram o poder, em 1979. Na década seguinte alimentou-se da questão palestiniana e da luta afegã contra o invasor soviético. A partir dos 90, tem-se manifestado pela multiplicação de organizações de cariz terrorista, empenhadas na Jihad (Guerra Santa) contra o Ocidente ou contra dirigentes muçulmanos considerados traidores.
Sionismo: movimento de cariz político-religioso fundado, no fim do século XIX, por Theodor Herzl com o objetivo de criar um Estado hebraico na Palestina (identificada pelo vocábulo "Sião"). O sionismo advoga o regresso dos judeus espalhados pelo Mundo à sua pátria original. Em função deste ideal, o Estado hebraico promulgou, em 1950, a "lei do regresso", que confere a nacionalidade israelita a qualquer parte do mundo, que pretenda habitar no território
quinta-feira, 27 de março de 2014
Conceitos Módulo 8 Unidade 3
Expressionismo abstrato:
termo que designa um conjunto de tendências pictóricas nos anos 40 e 50
do século XX. Têm em comum a substituição do figurativismo pelo
abstracionismo, no qual integram processos técnicos de execução das formas e de aplicação da cor influenciados pelo surrealismo e pelo expressionismo.
Pop art: literalmente, significa arte popular, pretendendo exprimir a aproximação à cultura e aos meios de comunicação
de massas. Desenvolveu-se nos finais dos anos 50 e nos anos 60 do
século XX, tendo integrado objetos e temos da sociedade de consumo no
mundo da arte.
Arte conceptual: movimento artístico internacional dos anos 60 e 70 do século XX, que se caracteriza por secundarizar a obra de arte enquanto objeto físico, privilegiando o conceito ou a ideia que lhe está subjacente.
Existencialismo:
corrente filosófica surgida na Europa, no período entre as duas guerras
mundiais, que centra a sua reflexão na liberdade individual,
privilegiando a existência não como um atributo do ser mas como
experiência pessoal. Distingue-se um existencialismo ateu, de que o
grande representante é Sartre, de um existencialismo cristão,
perfilhado, entre outros, por Gabriel Marcel e K. Jaspers. Enquanto o
primeiro nega a existência de Deus, o segundo substitui a transcendência
moral pelo amor interpessoal.
Ecumenismo: movimento que preconiza a união de todas as igrejas cristãs. Os contactos tornaram-se frequentes depois da Primeira Guerra Mundial e convergiam na criação do Conselho Ecuménico das Igrejas (COE), em 1948. Ruindo em Genebra, conta, sobretudo, com a colaboração de ortodoxos e de protestantes. Embora a Igreja Católica não seja membro do Conselho, não tem deixado d enviar observadores às suas assembleias desde o pontificado de João XXIII.
Ecologia: ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. As grandes preocupações ambientalistas datam dos anos 60 e motivaram a criação de associações para a proteção da Natureza. Apolíticas e com grande influência do movimento pacifista, essas organizações veriam a sua ação completada com o desenvolvimento, já nos anos 80, dos partidos ecologistas.
Movimento pacifista: conjunto de ações, como manifestações, marchas e boicotes, protagonizadas em grande parte pelos jovens, como repúdio ao envolvimento dos EUA na guerra do Vietname e ao clima de insegurança que pairava no Mundo.
Contracultura: estilo de vida juvenil que denuncia os valores materialistas da sociedade capitalistas, aos quais contrapõe a ausência de regras sociais e morais, o espiritualismo, o pacifismo e o regresso à Natureza. Este fenómeno idealista, que conduziu muitos jovens dos EUA e da Europa à automarginalização nos anos 60, teve raízes nos costumes libertários e nos gostos artísticos da geração beat (boémios e intelectuais americanos da década de 50).
Pollock- expressionismo abstrato
Conceitos Módulo 8 Unidade 2
Oposição democrática:
termo que designa, correntemente, a oposição legal ou semilegal ao
Estado Novo, a partir de 1945. Aproveitando a relativa abertura
proporcionada pela revisão constitucional desse mesmo ano, as forças
oposicionistas passam a ter maior visibilidade, sobretudo nas épocas
eleitorais, em que lhes é permitido que atuem legalmente, embora com
inúmeras restrições.
Poder popular: poder
direto do povo, que toma em mãos a resolução dos seus problemas e a
gestão dos meios de produção. Exerce-se, normalmente, através de
conselhos ou comissões eleitas que agem em nome da população que
representam. O poder popular é um conceito revolucionário, ligado à
ideologia marxista.
Nacionalização:
apropriação pelo Estado de uma unidade de produção privada ou de um
setor produtivo. Ao contrário de "estatização", a nacionalização não
determina a perda da personalidade jurídica e da autonomia financeira.
Portugal não acompanhou o processo de nacionalizações que se registou na
Europa após a Segunda Guerra Mundial. Em contrapartida, na sequência do
25 de abril, foram nacionalizadas, num curto espaço de tempo, as
instituições financeiras, as empresas ligadas aos setores económicos
mais importantes, bem como grandes extensões de terra agrícola.
Reforma agrária: processo
de coletivização dos latifúndios do Sul do país, que decorreu entre
1975 e 1977. São traços característicos da reforma agrária a ocupação de
terras pelos trabalhadores, a sua expropriação e nacionalização pelo
Estado e a constituição de Unidades Coletivas de Produção (UCP).
Conceitos Módulo 8 Unidade 1
Descolonização:
processo de involução do imperialismo europeu. O termo aplica-se,
sobretudo, ao período subsequente à Segunda Guerra Mundial, altura em
que, num curto espaço de tempo, se tornaram independentes as colónias da
Ásia e da África.
Guerra Fria:
num sentido amplo, a expressão designa o clima de tensão e antagonismo
entre o bloco soviético e o bloco americano (1947-1985, aprox.). Numa
aceção mais restrita, a Guerra Fria corresponde à primeira fase desse
mesmo afrontamento (de 1947 a 1955, aprox.). São características
salientes da Guerra Fria a corrida aos armamentos, com particular
relevância para o nuclear, a proliferação de conflitos localizados e
crises militares nas mais diversas zonas do Mundo bem como uma visão
simplista e extremada do bloco contrário.
Social-democracia:
corrente do socialismo que teve origem nas conceções defendidas por
Eduard Bernstein, na II Internacional (1899). A social-democracia
rejeita a via revolucionária proposta por Marx, opondo-lhe a
participação no jogo democrático, como forma de atingir o poder, e a
implementação de reformas socializantes, como meio de melhorar as
condições da vida das classes trabalhadoras.
Democracia cristã:
corrente política inspirada pela doutrina social da Igreja. A
democracia cristã pretende aplicar à vida política os princípios de
justiça, entreajuda e valorização da pessoa humana que estiveram na
base do cristianismo. Deste modo, embora de índole conservadora, esta
ideologia defende que a democracia não se limita à aplicação das regras
do sufrágio universal e da alternância política, mas tem por função
assegurar o bem-estar dos cidadãos.
Sociedade de consumo:
sociedade de abundância característica da segunda metade do século XX.
Identifica-se pelo consumo em massa de bens supérfluos, que passam a ser
encarados como essenciais à qualidade de vida. A sociedade de consumo é
também identificada com a sociedade do desperdício, já que a vida útil
dos bens é artificialmente reduzida pela vontade da sua renovação.
Democracia popular:
designação atribuída aos regimes em que o Partido Comunista, afirmando
representar is interesses dos trabalhadores, se impõe como partido
único, controlando as instituições do Estado, a economia, a sociedade e a
cultura.
Maoísmo:
forma particular de marxismo aplicada na China por Mao Tsé-Tung. O
maoísmo defende a viabilidade de uma revolução comunista liderada pelos
camponeses, sem o concurso do operariado. Segundo Mao, uma revolução
profunda e autêntica implica um processo longo durante o qual as
mudanças revolucionárias devem emanar das massas e nunca ser impostas
pelas estruturas governativas.
Movimentos nacionalistas: movimentos
que visam a recuperação da identidade cultural e nacional dos povos
colonizados. Estes movimentos adquiriram rapidamente uma dimensão
política, exigindo a autodeterminação dos territórios coloniais e
constituindo-se nos partidos que lideraram, quer pela via negocial, quer
pela força das armas, o processo de autodeterminação dos novos países.
Terceiro Mundo:
conceito elaborado, em 1952, pelos economistas franceses A. Sauvy e G.
Balandier, para designar os países excluídos do desenvolvimento
económico. Geograficamente, o Terceiro Mundo estende-se pelo Sul do
Globo, abrangendo a América Latina, a África e a Ásia de Sul e Sudeste
(com exceção do Japão). Porém, nas últimas décadas, a emergência dos NPI
(Novos Países Industrializados) tem reconfigurado, de forma
significativa, a área geográfica do Terceiro Mundo.
Neocolonialismo: forma
de dominação que sucede ao colonialismo e se exerce de forma indireta,
financeira e económica das nações mais desenvolvidas. Embora de carácter
essencialmente económico, o neocolonialismo pode também manifestar-se
no campo político e cultural.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Conceitos do Módulo 7 unidade 2
Crash (craque) bolsista: termo
empregue nas operações financeiras de bolsas de ações para caracterizar a
quebra dos valores dos papéis e títulos postos à venda. O maior crash
conhecido foi o ocorrido em outubro de 1929, nos Estados Unidos.
Deflação: situação económica,
geralmente de crise, caracterizada por uma diminuição dos preços, do
investimento e da procura, acompanhada de uma progressão do desemprego.
Frequentemente, são os estados que originam essa situação no intuito de
combater a inflação dos meios de pagamento, a especulação e a alta de
preços. Para o efeito, diminuem a quantidade de papel-moeda, restringem o
crédito e reduzem os gastos do Estado.
Totalitarismo: sistema político, no
qual o poder se concentra numa só pessoa ou no partido único, cabendo
ao Estado o controlo da vida social e individual.
Fascismo: sistema político
instaurado por Mussolini na Itália, a partir de 1922. Profundamente
ditatorial, totalitário e repressivo, o fascismo suprimiu as liberdades
individuais e coletivas, defendeu a supremacia do Estado, o culto de
chefe, o nacionalismo, o corporativismo, o militarismo e o imperialismo.
Por extensão, o termo fascismo designa também todos os regimes
totalitários de direita e até mesmo simples regimes autoritários.
Nazismo: sistema político
instaurado por Hitler na Alemanha a partir de 1933. Para além de
perfilhar os princípios ideológicos do fascismo, distinguiu-se pelo
racismo violento, fundamentando-o numa suposta superioridade biológica e
espiritual do povo ariano, ao qual pertenceriam os alemães. Ao Estado
nazi - erigido em Estado racial - incumbiria não só a preservação da
raça superior, libertando-a do contacto com os elementos impuros - daí
as perseguições aos judeus -, mas também a sua expansão - donde a teoria
do "espaço vital" e o imperialismo alemão.
Corporativismo: forma de
organização socioeconómica que aceita a propriedade privada, mas
estabelece como necessária a intervenção do Estado no sentido de tomar
aquela socialmente útil. Para tal, defende a constituição de corpos
profissionais (corporações) de trabalhadores, patrões e serviços, que
conciliam os seus interesses de modo a promoverem a ordem, a paz e a
prosperidade, ou seja, o bem-estar geral.
Propaganda: conjunto de meios
destinados a influenciar a opinião pública. Nos estados totalitários, a
propaganda procura inculcar nas massas a sua ideologia e os seus valores
culturais e morais. Entre os meios utilizados, citam-se os discursos, a
imprensa, panfletos, cartazes, a rádio, o cinema, a televisão, marchas,
canções, uniformes, emblemas, manifestações.
Antissemitismo: termo que, do ponto
de vista linguístico, significa hostilidade aos judeus. Do ponto de
vista histórico, as perseguições antissemitas relacionam-se com o
triunfo da religião cristã (os judeus não reconheceram Cristo e pediram a
Pilatos a sua morte) e atingiram as comunidades judaicas espalhadas
pela Europa. Na altura da Peste Negra e de outras epidemias, os judeus
eram vistos como as origens do mal, sendo acusados de envenenarem
fontes. Na Península Ibérica, os judeus convertidos ("cristãos-novos")
foram as grandes vítimas da Inquisição nos séculos XVI a XVIII. No
século XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns países europeus, o
carácter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma raça inferior e
destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em pleno
século XX, na Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.
Genocídio: política praticada por
um governo visando a eliminação em massa de grupos étnicos, religiosos,
económicos ou políticos. Embora a História tenha registado uma grande
quantidade de genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a
extremos indiscutíveis a prática do genocídio. O genocídio judaico
durante a Segunda Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou, em
hebreu, de Shoah (catástrofe).
Intervencionismo: papel ativo
desempenhado pelo Estado no conjunto das atividades económicas a fim de
corrigir os danos ou os inconvenientes sociais derivados da aplicação
escrita do liberalismo económico. Concretizou-se no controlo dos preços,
em leis sobre os salários, na legislação do trabalho e social. O
intervencionismo esteve também na origem da participação do Estado como
empresário e produtor de serviços públicos. Entre estes, contam-se a
produção e a distribuição de energia, os caminhos de ferro, os correios,
os telefones.
New Deal: literalmente, significa
nova distribuição e é a ex-pressão pela qual ficaram conhecidas as
reformas e iniciativas económicas e sociais implementadas pelo
presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, a partir de 1933, para
ultrapassar a Grande Depressão. O New Deal assentou numa forte
intervenção na Banca e nos créditos, que foram incentivados, na
atribuição de prémios de produção, no reajustamento entre o nível
salarial e o dos preços, na desvalorização do dólar e numa política
intensiva do comércio externo.
Cultura de massas: conjunto de
manifestações culturais partilhado pela maioria da população. A cultura
de massas é difundida pelos mass media e típica das sociedades
industriais do século XX.
Media: palavra inglesa que designa
os meios de comunicação de grande impacto. Os mass media (meios de
comunicação de massas) dirigem-se a um público vasto, heterogéneo e
disperso.
Estandardização de comportamentos:
uniformização das condutas individuais segundo um padrão socialmente
aceite. Em termos sociológicos, este fenómeno é visto como um corolário
da massificação social e cultural que caracteriza o século XX.
Funcionalismo: conjunto de soluções
arquitetónicas inovadoras que marca o início de uma arquitetura
verdadeiramente moderna. O funcionalismo une estreitamente a forma e a
função numa economia de custos e racionalidade de linhas, pondo em
evidência a estrutura volumétrica dos edifícios.
Realismo socialista: «Arte oficial»
da União Soviética, estabelecida no período estalinista. Definida por
Andrei Jdanov, em 1934, como a «descrição da realidade na sua dinâmica
revolucionária», o realismo socialista dirige-se às massas, tendo como
objetivo suscitar a sua adesão ao regime. Os temas remetem geralmente
para o mundo proletário e a vida feliz dos trabalhadores na sociedade
socialista.
Salazar e Franco
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Conceitos do módulo 7 unidade 1
Marxismo-leninismo: desenvolvimento teórico e aplicação prática das ideias de Marx e Engels na Rússia por Lenine. Caracterizou-se por enfatizar o papel do proletariado, rural e urbano, na conquista do poder, pela via revolucionária e jamais pela evolução política; a identificação do Estado com o Partido Comunista, considerado a vanguarda do proletariado; o recurso à força e à violência na concretização da ditadura do proletariado.
Sovietes: conselhos de camponeses,
operários, soldados e marinheiros da Rússia. Os primeiros sovietes,
apenas com operários, remontam à Revolução de 1905 e foram instalados
nas fábricas, como focos de ligação e dinamização dos grevistas.
Contidos pelo fracasso do movimento, reapareceram em fevereiro de 1917. A
Revolução bolchevista de outubro buscou nos sovietes a legitimação
popular e fez deles a base da futura organização de Estado da URSS.
Ditadura do proletariado: segundo a
teoria marxista, é a etapa por que deve passar a revolução socialista
antes da edificação do comunismo. A ditadura do proletariado surge para
desmantelar a estrutura do regime burguês, possibilitando a supressão do
Estado e a eliminação da desigualdade social.
Centralismo democrático: princípio
básico que norteia a organização do Partido e do Estado comunista,
segundo o qual todos os corpos dirigentes são eleitos de baixo para
cima, enquanto as suas decisões são de cumprimento obrigatório para as
bases.
Anomia social: ausência de um
conjunto de normas consistente e genericamente aceite pelo grupo social.
A anomia pressupõe a fragilidade e a relativização dos valores que
ditam a conduta dos indivíduos. É uma característica das sociedades
atuais em que as mudanças rápidas impedem a consolidação de um código
social rígido.
Feminismo: movimento de contestação
e luta empreendido pelas mulheres com vista ao fim da sua situação de
dependência e inferioridade relativamente ao sexo masculino. As
reivindicações do movimento feminista centram-se, pois, na igualdade
(jurídica, social, económica, intelectual e política) entre os dois
sexos.
Relativismo: abordagem
científico-filosófica que admite a impossibilidade do conhecimento
absoluto e acredita que o conhecimento depende das condições do tempo,
do meio e do sujeito que conhece.
Psicanálise: ciência psicológica
criada por Sigmund Freud que abarca um corpo doutrinal teórico (sobre o
psiquismo), um método de pesquisa e um processo terapêutico. A
psicanálise abriu à Psicologia um novo campo de fenómenos (o
inconsciente), através do qual procura explicar comportamentos até aí
tidos como inexplicáveis.
Modernismo: movimento cultural das
primeiras décadas do século XX que revolucionou as artes plásticas, a
arquitetura, a literatura e a música, estendendo-se também às restantes
manifestações culturais. O modernismo reivindica a liberdade de criação
estética repudiando todos os constrangimentos, em especial os preceitos
académicos.
Vanguarda cultural: O termo vanguarda significa, no seu sentido literal, a "primeira linha de um exército, em ordem de batalha", a "guarda avançada que abre a marcha", "o corpo militar que vai à frente". Na arte, passou a referir-se aos artistas que se colocam culturalmente à frente do seu tempo, abrindo o caminho a novas ideias, a novas mentalidades, a novas culturas. A arte de vanguarda procura romper com toda a concepção artística e cultural até então vigente. Apresenta-se como uma revolução cultural que busca novas estruturas, estéticas e pensamentos.
Freud - pai da psicanálise
domingo, 12 de maio de 2013
Conceitos Módulo 6 Unidade 5
Cientismo: atitude segundo a qual a ciência dá a conhecer as coisas como são, resolve todos os reis problemas da Humanidade e é suficiente para satisfazer todas as necessidade legítimas da inteligência humana.
Positivismo: conjunto de doutrinas de Auguste
Comte caracterizado sobretudo pelo impulso que deu ao desenvolvimento de uma
orientação cientificista do pensamento filosófico, atribuindo à constituição e
ao processo da ciência importância capital para o progresso de qualquer ramo do
conhecimento e da sociedade.
Realismo: conceção literária e estética segundo a
qual o escritor e o artista devem representar o real tal como ele é, sem o
idealizar.
Impressionismo: movimento artístico dos finais do
século XIX, sobretudo pictórico, nascido em Paris. Segundo os impressionistas, o
principal elemento da sua arte é a luz e, através das suas diferentes
intensidades, a cor. A cor não é empregue pelo que vale ou exprime por si mesma,
mas pelo que evoca e traduz.
Simbolismo: escola literária e pictórica da 2ª
metade do século XIX, originária de França, caracterizada por uma visão
subjetiva, simbólica e espiritual do Mundo e que adotou novas formas de
expressão, traduzindo as impressões por meio de uma linguagem onde dominava a
preocupação estética.
Arte Nova: estilo artístico nascido na década
final do século XIX, na França. Expandiu-se pela Europa e América. Opôs-se aos
revivalismos da época, procurando o uso de novas formas expressivas na
arquitetura, na pintura e nas artes decorativas, recorrendo a ornamentações
assimétricas, inspiradas na Natureza e na arte japonesa.
Impressionismo--Claud Monet
Conceitos Módulo 6 Unidade 4
Regeneração: período da História portuguesa que se iniciou em meados do século XIX e se prolongou até à década de 1870, marcado especialmente pela ação de Fontes Pereira de Melo, em que se verifica um desenvolvimento económico do país, iniciando-se a revolução dos transportes e a industrialização, Politicamente, correspondeu a uma certa pacificação e à consolidação da democracia liberal.
Fontismo: política de melhoramentos posta em prática pelo Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, criado em 1852, pelo Governo da Regeneração e primeiramente chefiado por António Maria Fontes Pereira de Melo, de onde retirou o seu nome. Indissociável do livre-cambismo e do capitalismo burguês, cujos interesses defendeu, a política "fontista" incidiu na criação de infraestruturas materiais para o desenvolvimento económico do País.´
Conceitos Módulo 6 Unidade 1
Capitalismo
industrial: segunda fase do sistema económico capitalista (a primeira foi
o capitalismo comercial, século XVI-XVIII - viagens de descobertas e de
exploração). Surgiu na Inglaterra do século XVIII e foi instalado de forma
hegemónica no século XIX, modificando o sistema de trabalho e de produção: da
manufatura passou à maquinofatura que, através do recurso às máquinas a vapor,
possibilitava maior rapidez e um aumento na produção. Foi marcado por
transformações económicas, políticas, sociais e culturais: se por um lado, fez
aumentar as margens de lucro para os donos das fábricas, possibilitou a descida
de preços das mercadorias; por outro, conduziu ao desemprego, à diminuição dos
salários, à degradação das condições de trabalho, à exploração de mão de obra
feminina e infantil, à poluição (dos espaços, dos rios, atmosférica, sonora...),
à ocorrência de acidentes com máquinas, entre outros. Rapidamente este sistema
estendeu-se a outros países da Europa e aos EUA. Muitos países europeus
introduziram este sistema económico na Ásia e na África, mas foram explorados
pelos europeus num contexto de neocolonialismo, fornecendo matérias-primas e
riquezas e consumindo produtos industrializados fabricados na Europa, sendo que
o Japão começou a sobressair como potência emergente. Este sistema económico
conheceu períodos de crises cíclicas, particularmente a partir do terceiro
quartel do século XIX.
Progressos cumulativos: inovações científicas e técnicas que se potencializaram mutuamente, desenrolando-se numa dinâmica própria em que cada novo progresso servia de incentivo para se chegar ao seguinte.
Empresa: instituição económica, pública ou privada, ligada à produção industrial, à comercialização ou aos serviços.
Moeda fiduciária: denominam-se deste modo os meios de pagamento monetário ( como as notas bancárias, ou as moedas atuais) cujo valor de circulação - o valor facial ou nominal ( o que está escrito neles) - não corresponde ao valor real dos materiais em que são feitos, representando apenas um valor convencional que corresponde a igual valor em metais preciosos depositados nos cofres dos bancos emissores. Tais moedas presumem a confiança (fides) do público na existência de tais reservas no banco emissor.
Sociedade anónima: forma de constituição de uma empresa, cujo capital se encontra fracionado em títulos de igual valor (ações) que pertencem a vários titulares, geralmente não identificados. Os titulares das ações têm direito a uma percentagem dos lucros da empresa, proporcional ao valor das ações possuídas, mas também respondem, apenas na mesma proporção, pelos gastos e dívidas da mesma. Os títulos ou ações podem ser revendidos nas Bolsas, aumentando assim a capital disponível da empresa e permitindo lucros especulativos.
C
apitalismo financeiro: terceira fase do sistema económico que começou a emergir a partir do terceiro quartel do século XIX, isto é, no período de expansão imperialista (1875-1914), e que viria a consolidar-se após a 1ª Guerra Mundial. Caracteriza-se pelo desenvolvimento da Banca e de grandes grupos empresariais.
Taylorismo: doutrina de racionalização do trabalho industrial que visa a maximização do rendimento técnico do binómio trabalhador-equipamento, pela mecanização e automatização dos atos dos operários, pela eliminação dos tempos mortos e gestos inúteis e pela redução do esforço físico e psicológico dos trabalhadores. Foi enunciada pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor com base na divisão metódica das tarefas laborais, na adequação dos diferentes tipos de tarefas entre si e nas aptidões dos diversos trabalhadores.
Estandardização: uniformização dos modelos produzidos em série; redução da produção a um só modelo.
Capitalismo rural: sistema económico utilizado por um conjunto de empresários e de instituições financeiras, cujo capital resultou dos lucros obtidos em atividades produtivas rurais (agricultura, viticultura, criação de gado, pecuária...), as quais visavam a grande produção e a sua total mercantilização, de modo a obter o máximo de lucros, reinvestíveis na agricultura ou noutras atividades económicas.
Zollverein: acordo de unificação aduaneira que uniu os Estados da Confederação Alemã desde 1834 até à proclamação do I Reich, em 1871 (Chanceler Bismarck).
Crise cíclica: perturbações da vida económica que ocorrem em intervalos de tempo regulares.
Capitalismo industrial
quinta-feira, 7 de março de 2013
Conceitos e imagem do modulo 5 - unidade 5
Liberalismo
económico: conjunto de princípios regulou a gestão da vida económica nos
regimes liberais. Inspirado na ideia iluminista da ordem natural e respeitando
como corolário máximo a liberdade individual, o liberalismo faz repousar o
bem-estar económico da sociedade nos princípios da livre iniciativa privada,
exercida em livre concorrência, prescrevendo toda e qualquer intervenção do
Estado em matéria económica.
Romantismo:
movimento cultural (literário, artístico e filosófico) que se difundiu na Europa
e na América entre finais do século XVIII e meados do século XIX. Contrapõe-se
ao neoclassicismo e exalta o individualismo, a subjetividade, a imaginação e os
sentimentos.
Epoca
Contemporânea: último período da evolução histórica, aquele em que se
estabeleceram os padrões culturais e civilizacionais do mundo atual. A
historiografia inicia-o com as transformações provocadas pelos efeitos conjuntos
do liberalismo e da revolução industrial; convencionalmente, escolheu-se para
sua data inicial a da Revolução Francesa, 1789.
Pintura do romantismo |
Conceitos e imagem do modulo 5 - unidade 4
Jacobinismo: nome atribuído ao ideário político
dos membros do Clube Jacobino que, durante a Revolução Francesa, se
caracterizaram por uma atitude revolucionária, radical e antirreligiosa. Nesta
época, em Portugal, o termo designava, pejorativamente, todos os simpatizantes
do liberalismo.
Vintismo:
nome atribuído à ideologia liberal e à fação política defendida pelos
revolucionários de 1820. Foi apelidada de radical pelas outras fações liberais
existentes, por restringir os direitos do Rei e suprimir os privilégios da
nobreza e clero tradicionais (e ainda embora em menor grau, pela abertura que
concedeu à liberdade de opinião e pensamento e à reforma do ensino).
Cartismo:
designação que se atribui ao liberalismo moderado, em Portugal, o qual, na sua
generalidade, segue os princípios ideológicos patentes na Carta Constitucional
de 1826. O termo generalizou-se após a Revolução Setembrista de 1836, opondo-se
ao "setembrismo" que defendia o regresso ao ideário democrático e progressista
da Constituição de 1822.
Setembrismo: fação mais democrática e popular do
liberalismo português, inspirada no vintismo (isto é, adepta da Constituição de
1822). Surgiu com a Revolução de Setembro de 1836, golpe de Estado parlamentar
que se apôs a um certo conservadorismo do regime cartista instalado em 1834.
Teve como líderes os irmãos José e Manuel Passos (vulgo, Passos Manuel), Soares
Caldeira, Leonel Tavares e José Estêvão. Afastado do poder em 1842, com a
ascensão do cabralismo, o setembrismo perdurou como ideário político até ao
advento do republicanismo.
Cabralismo:
nome atribuído à política desenvolvida por Costa Cabral nos seus dois governos:
de 1842 a 1846 e de 1849 a 1851. apoiado pela nova aristocracia liberal dos
barões e viscondes (a alta burguesia fundiária, comercial e financeira), o seu
projeto político visava o progresso do país pelo desenvolvimento das obras
públicas e modernização da administração.
Conceitos e imagem do modulo 5- unidade 2
Fisiocratismo: doutrina económica de cariz
iluminista que considera a terra como única fonte de riqueza e a agricultura
como a atividade fundamental; defende o direito individual à propriedade e à
livre iniciativa; propõe a abolição de todos os entraves à livre circulação dos
produtos e condena a interferência do Estado na vida económica. Esta doutrina
desenvolveu-se no século XVIII e foi teorizada por filósofos e economistas como
Adam Smith (1723-1790), François Quesnay (1694-1774) e Gournay
(1712-1759).
Terceiro
Estado: expressão utilizada nos finais do século XVIII para designar a
população não privilegiada. Encabeçado pela burguesia, que o representava nas
Cortes (Estados Gerais), o Terceiro Estado incluía todos os estratos e
profissões populares, possuindo, por isso, o significado de " povo comum".
Assembleia dos
Notáveis: órgão consultivo do poder central, composto pelos mais altos
dignatários das ordens privilegiadas.
Estados
Gerais: órgão político de carácter consultivo e deliberativo, constituído
pelos representantes das três ordens sociais. Teve a sua origem nas Cortes
medievais e foi o mais alto órgão político até ao século XVII. Com a ascensão do
absolutismo, perdeu a sua força, não reunindo, em França, desde 1614.
Jacquerie: nome atribuído, em França, aos levantamentos e tumultos populares.
Monarquia
Constitucional: forma de monarquia em que o rei detém apenas uma parcela
do poder soberano (em regra, o poder executivo), estando os restantes poderes
divididos por uma Assembleia ou Parlamento e pelos Tribunais. Assenta nos
princípios de soberania da Nação e na separação dos poderes, e reconhece a
superioridade da lei, patente numa Constituição.
Soberania nacional
(da Nação): conceito-base da democracia que faz repousar o poder maior de
um Estado na vontade da maioria da sua população.
Sufrágio
censitário: tipo de votação que apenas admite como votantes (eleitores)
os cidadãos que paguem o censo, imposto devido pela posse de uma terra ou de um
contrato de usufrutuário.
Terror:
etapa da Revolução Francesa que coincidiu com o governo da Convenção Montanhesa,
isto é, de junho de 1793 a julho 1794. Foi o período mais sangrento da
Revolução, marcado pela repressão social, por violentas perseguições políticas,
prisões e execuções em massa.
Estado
laico: Estado onde o poder político se reconhece como não religioso e
mantém uma altitude de isenção e neutralidade face à(s) religião(ões).
Conceitos: Módulo 4-unidade 4
Iluminismo: Movimento cultural e filosófico que se desenvolveu
na Europa, no século XVIII (Século das Luzes), e que se caracterizou pela
afirmação do valor da Razão e do conhecimento para atingir o progresso; pela
crítica da ordem política, social e religiosa existente e pela defesa dos ideais
de liberdade, igualdade, tolerância e justiça.
Direito Natural: privilégio ou prerrogativa que resulta e deriva da natureza física e biológica dos seres, isto é, aquele que advém das condições naturais, iguais à nascença para todos os seres humanos.
Contrato social: nas teorias políticas que admitem
a soberania popular, é o acordo, tácito ou explícito, celebrado entre o
indivíduo e a sociedade, o que legitima a transferência de poder desta para o
governante. Nesta aceção, é pelo contrato social que se institui o Estado e os
órgãos do Governo.
Separação dos poderes: teoria que vê o poder
político dividido em três poderes específicos - o legislativo, o executivo e o
judicial - , que devem funcionar separadamente, entregues a órgãos políticos
diferentes e independentes.
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